Google vai ter de apagar dados que recolheu durante navegações anónimas de utilizadores
Afinal a navegação anónima do Google Chrome, um modo do navegador em que o histórico, os cookies, os dados dos sites e as informações introduzidas não são guardados, não é assim tão anónima e a Google vai ter de apagar dados que recolheu indevidamente durante estas sessões dos utilizadores.
É o resultado de um acordo fechado com a Google, escreve o Wall Street Journal, para resolver um processo iniciado em 2020, num tribunal de São Francisco, para indemnizar os utilizadores em cinco mil milhões de dólares por invasões de privacidade e recolha de dados durante sessões de navegação alegadamente anónimas.
Os dados - que a própria Google diz serem "centenas de milhares de milhões" - também vão ser apagados fora dos Estados Unidos.
"É com agrado que resolvemos este processo, que sempre acreditámos não ter mérito", disse um porta-voz da Google, Jorge Castaneda, num comunicado em que sublinhava que, assim, a empresa não terá de pagar qualquer indemnização.
A Google garante também que os dados que recolheu e que vai agora apagar eram apenas técnicos e que nunca foram associados a qualquer indivíduo nem utilizados em qualquer forma de personalização de navegação ou de apresentação de anúncios.
Apesar deste desfecho, a Google ainda tem pela frente vários processos interpostos por singulares e que podem levar ao pagamento de multas.