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23 abril 2024
15:55
Agência Lusa

Vendas de música em Portugal totalizaram 36,5 milhões de euros no ano passado

Vendas de música em Portugal totalizaram 36,5 milhões de euros no ano passado
Capa do Single 'Como Tu'
Representa um aumento de 17,4% em relação ao ano anterior, anunciou hoje a Associação de Gestão de Direitos de Produtores Fonográficos (Audiogest).

As vendas de música em Portugal totalizaram 36,5 milhões de euros no ano passado, o que representa um aumento de 17,4% em relação ao ano anterior, anunciou hoje a Associação de Gestão de Direitos de Produtores Fonográficos (Audiogest).

No relatório anual do mercado discográfico de 2023, hoje divulgado, a Audiogest destaca que, “num ano com resultados expressivos para a indústria musical, observou-se a consolidação dos serviços de ‘streaming’, que representam agora 73% do total das vendas de música em Portugal”.

Para aquela associação, “este crescimento não só sublinha a importância das plataformas de ‘streaming’ no consumo de música e na forma como o público acede e desfruta desta, como demonstra a adaptação eficaz da indústria às mesmas”.

A Audiogest salienta também que, no ano passado, 61% dos utilizadores das plataformas de ‘streaming’ acediam a estas através de subscrições pagas.

No ano passado, as vendas no mercado digital aumentaram 25%, em relação a 2022, passando de 21,6 milhões de euros para 27,1 milhões de euros.

No que ao mercado digital diz respeito, a grande maioria das receitas (98%, o que corresponde a cerca de 27 milhões de euros) provém do ‘streaming’.

Os restantes 2% das receitas do mercado digital (correspondentes a cerca de 569 mil euros) dizem respeito a ‘downloads’ no segmento ‘mobile’.

No ano passado, as vendas físicas “mantiveram-se estáveis”, com uma variação de -0,9%, passando de 8,9 milhões de euros em 2022 para 8,8 milhões de euros no ano passado.

Os discos de vinil representaram 70% das vendas físicas no ano passado (o que corresponde a seis milhões de euros).

De acordo com a Audiogest, “os artistas nacionais têm tido um impacto significativo no domínio das plataformas de partilha de música”.

O Top 10 das tabelas de ‘streaming’ do ano passado incluiu quatro temas portugeses: “Como tu”, de Bárbara Bandeira com Ivandro, “Chakras”, de Ivandro com Julinho KSD, “Casa”, dos D.A.M.A. com Buba Espinho, e “Lua”, de Ivandro.

No entanto, “o consumo de música nacional, está muito aquém da generalidade dos países”.

Além disso, refere a associação, “a crescente popularidade dos artistas nacionais não encontra, no entanto, paralelo no Top de Música transmitida na Rádio (ponderada em função da audiência)”.

“Espera-se, no entanto, que 2024 traga alterações nesta área, já que em setembro passado o Ministério da Cultura, face a reivindicações antigas do setor, voltou a fixar a cota mínima obrigatória de música portuguesa na programação dos serviços de programas de radiodifusão sonora em 30%. Esta medida é um grande incentivo aos músicos nacionais e será mais um contributo para a vitalidade do setor da produção de música em Portugal”, considera a Audiogest.

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