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23 maio 2024
13:44
Agência Lusa

Sede do Chega evacuada após ameaça de bomba

Sede do Chega evacuada após ameaça de bomba
LUSA
PSP considera que o autor da ameaça pode ter questões "do foro psicológico".

O edifício da sede do Chega, em Lisboa, foi hoje evacuado depois de um homem ter entrado alegando ter uma bomba, confirmou à Lusa a PSP, que o intercetou e ativou o centro de inativação de explosivos.

O porta-voz da PSP disse à Lusa que o edifício onde se encontra a sede do Chega, na Rua Miguel Lupi, foi evacuado depois de um homem ter entrado com uma mochila alegando que continha um engenho explosivo dentro.

O subintendente Sérgio Soares indicou que o homem foi, entretanto, intercetado pelos agentes que se deslocaram ao local e que foi acionada uma equipa de inativação de explosivos.

O porta-voz indicou que o homem "está intercetado, não foi detido", indicando que "pode haver uma questão do foro psicológico", e ressalvando que ainda não está confirmado o conteúdo da mochila.

O homem foi entretanto "conduzido para uma esquadra", onde está a ser avaliado a nível psicológico pois apresentava um "discurso completamente incoerente", o que poderá levar a um "internamento compulsivo [numa unidade hospitalar] e não a uma detenção", referiu Sérgio Soares.

O subintendente indicou também que a rua está cortada à circulação, tendo sido estabelecido um perímetro de segurança na envolvência do edifício.

Este perímetro foi mais tarde alargado, estando cortada também parte da Calçada da Estrela, junto ao parlamento, até à Avenida Dom Carlos I, enquanto a equipa de inativação de explosivos se encontra a avaliar o conteúdo da mochila, referiu a PSP, dizendo que ainda não foi confirmado se se trata efetivamente de uma bomba.

O porta-voz da polícia disse também que a Assembleia da República "não sofreu qualquer constrangimento" e ninguém foi retirado, assim como da residência oficial do primeiro-ministro, que também fica nas imediações.

Sérgio Soares não confirmou quantos meios foram acionados para o local, referindo estarem elementos do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis), da divisão de trânsito e da Unidade Especial de Polícia.

A PSP indicou também que não há registo de feridos.

A assessoria do Chega disse à Lusa que o alerta foi dado cerca das 11h30 e relatou que um homem entrou na sede do partido com uma mochila, dirigiu-se a um funcionário e perguntou pelo líder, André Ventura, e "disse que ia colocar uma bomba no edifício".

À chegada para uma arruada no Funchal, na ilha da Madeira, onde se encontra a participar na campanha para as eleições regionais, o presidente do Chega disser ter muito pouca informação sobre o incidente, referindo que sabia apenas que: "Alguém teria entrado ou tentado entrar na nossa sede, ter dito que transportava um engenho explosivo e quereria matar-me".

André Ventura indicou que o partido "entrará em contacto com as autoridades durante o resto do dia de hoje" e que seria avaliada a existência de "algum potencial de risco maior" onde está ou se esta foi "uma situação isolada".

O líder do Chega considerou ainda "lamentável que esta escalada de violência possa continuar", adiantando que o partido vai reavaliar a segurança que tem na sede e a sua segurança pessoal.

Em comunicado divulgado praticamente ao mesmo tempo que André Ventura falava aos jornalistas, o partido alegou que "tudo isto surge como resultado do clima de ódio e de cancelamento que a extrema-esquerda tem criado, nas últimas semanas, a partir de declarações, das outras bancadas, face à liberdade de expressão e à política de perseguição".

O Chega considerou "ser totalmente inadmissível que nos 50 anos do 25 de Abril ainda existam episódios deste tipo" e repudiou "qualquer tipo de comportamento de violência".

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