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05 julho 2024
17:32
Agência Lusa

Primeiro-ministro critica viagem de Orbán a Moscovo

Primeiro-ministro critica viagem de Orbán a Moscovo
Luis Montenegro Lusa/Rodrigo Antunes (arquivo)
Luís Montenegro salienta que "não existe qualquer mandato para contactos com a Rússia em nome da UE".

O primeiro-ministro português afirmou hoje que a posição da União Europeia quanto à Rússia “é clara”, de pleno apoio à Ucrânia, e salientou que “não existe qualquer mandato para contactos com a Rússia em nome da UE”.

A posição de Luís Montenegro foi expressa na rede social X (ex-Twitter), em português e inglês, no dia em que o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, viajou para Moscovo, dias depois de fazer a sua primeira visita a Kiev desde o início da invasão russa da Ucrânia - que aconteceu em 24 de fevereiro de 2022.

A Hungria assumiu a presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE) em 01 de julho.

“A posição da UE relativamente à Rússia é clara: pleno apoio à Ucrânia contra a guerra de agressão russa. Não existe qualquer mandato para contactos com a Rússia em nome da UE. A nossa unidade é a nossa força”, escreveu o primeiro-ministro português.

A presidente da Comissão Europeia já tinha alertado hoje Orbán que "apaziguar Putin" não vai impedi-lo de prosseguir com a invasão ao território ucraniano.

“O primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán está de visita a Moscovo. Apaziguar Putin não vai fazê-lo parar. Só unidade e determinação poderão abrir caminho para uma paz compreensiva, justa e duradoura na Ucrânia”, disse Ursula von der Leyen, na rede social X (antigo Twitter).

A visita já havia sido criticada pelo presidente do Conselho Europeu e pelo chefe da diplomacia europeia, que vincaram que tal se insere apenas no quadro de relações bilaterais entre a Hungria e a Rússia e não representa a União Europeia (UE), quando este semestre Budapeste assume a presidência rotativa comunitária.

O ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, justificou a visita do primeiro-ministro da Hungria a Moscovo como uma "abordagem para alcançar a paz".

“Os últimos dois anos e meio mostraram que a guerra na nossa região não tem uma solução no campo de batalha”, declarou o ministro húngaro, na rede social Facebook, que faz parte da delegação que se deslocou a Moscovo por iniciativa de Órban.

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