Vinil às cores celebra 40 anos de "Born in the U.S.A." de Bruce Springsteen
Foi hoje colocada à venda uma edição especial em vinil do mais famoso álbum de Bruce Springsteen, "Born in the U.S.A.", em vermelho translúcido. O vinil desdobrável conta ainda com um livrete a cargo de Erik Flannigan, o arquivista do músico de Nova Jérsia.
Esta edição assinala os 40 anos de "Born in the U.S.A.", cujo lançamento ocorreu a 4 de junho de 1884. É com este álbum que o estatuto de popularidade de Bruce Springsteen atinge o apogeu. O álbum vendeu até hoje mais de 30 milhões de cópias. O sucesso imediato à época lançou Bruce Springsteen para uma longa e grandiosa digressão mundial que eternizou a sua imagem de corpo musculado e lenço na cabeça.
A exibição da bandeira dos Estados Unidos na capa do álbum "Born in the U.S.A." e nos próprios concertos da digressão deram uma imagem errada de Bruce Springsteen como um patriota de valores conservadores que o presidente Ronald Reagan chegou a citar como exemplo. O morador da Casa Branca entre 1981 e 1989 citou-o como um exemplo de esperança americana a seguir, mas as canções tinham um forte espírito contestário e crítico que o estadista não compreendeu, incluindo o irónico 'Born in the USA', sobre o triste fado dos veteranos do Vietname. Não, Bruce Springsteen não é um redneck. O disco é uma conciliação bem viva dos dois contrastes de Bruce Springsteen: o entertainer otimista e o poeta introspetivo, ambos em excelente forma.
Por trás da primeira camada de singles mais conhecidos - 'Glory Days' ou 'Dancing in the Dark' - está uma obra recheada de grandes canções, que merecia ser mais indagada. "Born in the U.S.A." fez de Bruce Springsteen um rocker de estádio até hoje. Para fechar o seu ciclo dourado iniciado em 1975 com "Born To Run" e continuado com os álbuns "Darkness on the Edge of Town" (de 1978), o duplo "The River" e o mais cru "Nebraska", havia que o fazer em beleza.